Moonlight Chicken

Primeiras Impressões: Moonlight Chicken

Moonlight Chicken é realmente uma estreia que entregou tudo que havia prometido já em seus primeiros episódios, sendo realmente de tirar o fôlego. O BL apresenta uma premissa muito interessante: pessoas comuns, com trabalhos comuns e que nunca possuem o local de protagonismo.

Moonlight Chicken
Imagem: Reprodução/GMMTV

Cultura e Turismo

Logo no começo, é necessário destacar o quão maravilhoso foi a representação do turismo na Tailândia, na cidade de Pattaya. Foi mostrado toda a atmosfera desse lugar turístico, a cultura chinesa representada pelo Festival da Lua e a vida noturna, mostrando os restaurantes e a ambientação do lugar.

É falado quanto o custo de vida nessa cidade aumentou, em contraste com o resto da economia; além disso, temos uma reportagem sobre o COVID-19 – algo notório, visto que é uma realidade – na mesma, é descrito que a pandemia havia amenizado, no entanto, a economia ainda precisava melhorar, e o quanto os restaurantes precisaram aumentar seus preços, pois não conseguiam nem mesmo pagar os ingredientes. Mas em alguns lugares, os mesmos preços de antes ainda eram cobrados, porque sabiam da luta das pessoas para sobreviver e se alimentar. Esse é o caso do Jim e seu restaurante, Moonlight Chicken, onde ele serve uma quantidade ilimitada de arroz de frango após meia noite, isso, para que os seus clientes fiquem satisfeitos.

Narrativa bem construída

A realidade abordada é dura e crua, em seus primeiros episódios, Moonlight Chicken já conseguiu tocar em pontos muito relevantes. Ao longo dos episódios, podemos perceber a leveza com que a construção é feita: o encontro dos protagonistas é dado a partir de uma narrativa de um sexo casual. É muito interessante a maneira como todos os principais momentos vão caminhando de forma lenta e envolvente. No clímax dos dois temos uma energia eufórica muito bem representada pelos atores, a tensão sexual e o sentimento de apenas uma noite, foram incríveis.

Moonlight Chicken
Imagem: Reprodução/GMMTV

Um começo de desenvolvimento devagar e sem furos, tudo natural como aconteceria na vida real. A sensação na cena sexual é realmente muito quente, podemos perceber uma temática completamente mais adulta, envolvendo sentimentos muito profundos (não amorosos) que cada um tem dentro de si.

Em apenas dois episódios, você está completamente envolvido com os sentimentos de cada um, deixando o gosto de quero mais para descobrir como irão se desenvolver; quais são seus próprios sentimentos, e limitações.

Representatividade

É importante citar também o quão bem foi abordado a representatividade na série. Temos um personagem com deficiência auditiva e que usa da linguagem de sinais para se comunicar. Vale mencionar, também, que a produção optou por não colocar legendas nesses momentos, em desejo de passar os sentimentos do personagem ao não ser compreendido pelos espectadores. Toda a contextualização dos personagens secundários na série traz uma sensibilidade à narrativa, um frescor; em contrapartida, teremos também a abordagem de assuntos mais delicados. 

Moonlight Chicken
Imagem: Reprodução/GMMTV

Ao longo dos dois primeiros episódios, já encontramos situações muito dolorosas, nos apresentaram a história de uma família que sofre por problemas financeiros, e que apesar de tudo isso, Jim, uma pessoa calorosa e muito gentil, está disposto a tirar de si para dar às pessoas que ele ama. Essa representação da vida real é absolutamente incrível, e muito sofrida. As pessoas têm seus sonhos, porém existem limitações.

Além de contar, delicadamente, a história do protagonista Wen, um homem que vive imerso em sua própria solidão, mostrando sua vontade de ter uma pessoa que o faça se sentir em casa, que o faça sentir que há alguém esperando por ele no final do dia. Logo no começo podemos sentir, de maneira crua, os sentimentos do personagem, e assim fazendo com que o espectador queira saber mais à medida que a história avança.

Era esperado que Moonlight Chicken fosse ser muito intenso e que entregasse situações do cotidiano. Profundo, fundamentado na realidade e oferecendo uma lição sobre vida, amizades, problemas familiares e sonhos. Se seguir neste rumo, o BL poderá vir à se tornar um dos melhores do ano.

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Anna Júlia Ferreira

Oie! Sou a Naju, tenho vinte e três anos, nutricionista, aspirante a escritora, apaixonada por cinema e suas belezas.